história


Numa manhã lépida - destes dias - recebi uma mensagem de um número desconhecido. Dizia apenas para ir ter à praia mais próxima e para confiar. Não tive reacção - mas decidi arriscar. E como tal, fui andando e hesitando enquanto me dirigia para lá. Chovia - ainda que (muito) pouco. Contudo, o Sol irradiava de uma forma tão bela, lá bem no fundo do horizonte. No caminho, entre pingos suaves, encontrei uma fotografia. Era a nossa fotografia. Parei durante breves segundos - estupefacta, como poderia eu ter encontrado aquela fotografia no meio daquele nada. Depois de me recompor - voltei a seguir caminho. Não muito mais à frente, encontrei outra fotografia, novamente nossa. Não estava a achar piada nenhuma - como foste capaz de espalhar as nossas fotografias pela cidade ? Pensei se as poderias ter deitado fora - mas não fazia qualquer sentido. Já esperava tudo - dali para a frente. Fui andando e a história a repetir-se - com uma diferença. A última fotografia era apenas tua - onde escreveste o seguinte: 'Vai até onde te sentires melhor, lá me encontrarás'. Percebi (quase) tudo. Aquilo só podia ser teu. Corri para o lugar do costume. Ninguém - nem mesmo tu - sabia onde eu gostava de estar (sozinha) naquela praia tão imensa. Quando (finalmente) cheguei, lá estavas tu - tão esbelto. Mais do que o costume - como é possível ? Recebeste-me com um sorriso e apenas com as pelavras 'Não digas nada. Eu sabia que me trarias as nossas fotografias de volta.' Não desperdiçámos nem um minuto. Percorremos aquela praia entre promessas e carícias e quando demos por nós já estava na hora de voltar para casa. Esta é a minha história de hoje - sim, apenas uma história que poderia bem ser realidade. Quem sabe um dia, meu amor.

. obrigado pelos (quase) seis meses, e por continuares com essa capacidade imensa de me fazer sonhar tão alto.

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