vô, (L)

Já perdi a conta dos anos que partiste, são tantos - era eu uma pequena menina. Apesar de te terem levado para longe à muito tempo, eu ainda me lembro de muitos momentos da minha infância passados a teu lado - e que lindos momentos. Aprendi imenso contigo - meu eterno velhote. Um grande obrigado por fazeres parte da minha vida e por me teres ensinado que os verbos amar/venerar têm muitas vertentes. A nossa última noite está muito presente na minha mente - as lágrimas corriam-me pela face e e tu próprio deixaste escapar umas poucas. Não tive a possibilidade de me despedir de ti como eu gostaria, pois achei que tudo ia ficar bem, como sempre me dizias com um sorriso de orelha a orelha. Não ficou, tu partiste e eu fiquei - se as saudades matassem. Apesar de te terem roubado de mim, de te levarem para longe dos meus olhos, continuas bem perto do meu coração - num lugar que é teu. Só teu, vô. Eras um Homem com H grande - nunca me esquecerei. És eterno, meu velhote. Gosto muito de ti! - sempre.

. Obrigado por me protegeres. Obrigado por me ensinares a descascar laranjas na perfeição. Obrigado pelo amor. Obrigado, avô (L)

11 - 19


Estou de volta a casa(infelizmente!). À pouco mais de uma semana andava inquieta e com poucas horas dormidas só por ir ter contigo, meu amor. Hoje, já voltei à minha calma - à minha tão velha rotina diária. Escusado será dizer que a semana que passou por nós como um ápice, foi das melhores da minha vida - senão mesmo a melhor. A despedida foi (também!) talvez das mais dolorosas que tivemos. Depois de uma semana sem uma única hora separados, sem um único dia sem contacto físico, estava a habituar-me à vida perto de ti, como se isso fosse mesmo acontecer. E hoje, hoje cá estou, apenas tentando procurar uma réstia do teu perfume, uma sensação do teu toque ... e nada, nada me poderá consular e preencher senão as imagens, que me passam na mente - como uma curta-metragem. De todas as tuas afirmações, está bem nítida aquela em que me perguntaste "porque choras, amor?", à qual eu nunca consegui responder na devida altura. Mas agora sim, posso responder-te - chorava por saber que a partir do momento em que irias embora, já não poderia tocar na tua mão, na tua pele, nos teus lábios ... tudo se iria resumir a lembranças - mais uma vez, até que possamos estar novamente juntos. Desculpa, eu sei que todas as vezes me pedes para não chorar - sei que isso te afecta bastante - mas são as derradeiras e últimas horas que posso estar contigo, altura em que as lágrimas são incontroláveis, em que a angústia me invade e me deixa cair e eu não tenho força para lhe oferecer resistência. Desculpa. Sei que agora me voltarei a habituar à nossa rotina - separados mas sempre felizes!
Um dia, eu tenho a certeza que a nossa rotina irá mudar - vão acabar as despedidas, os choros e as separações - um dia, vamos ser recompensados. Esse dia vai chegar - espere eu o tempo que esperar. Esse dia não poderá ser chamado de dia de sorte, porque todos os dias são dias de sorte - por te ter ao meu lado. Vou chamar-lhe antes - dia diferente.
Lembra-te, todos os dias, desse dia ... meu amor. Para não variar, AMO-TE MUITO (L)

. Durante esta semana ainda tive oportunidade de 'construir' amizades. B, Lara, Mariana e Sara (pequena), obrigado *.*

obrigado *


Obrigado. Que mais te poderei dizer, meu grande amor ? Em treze meses de derradeira luta, que implicam uma boa centena de quilómetros a separar-nos, ainda não mencionaste uma única vez que querias ou tinhas de desistir de mim, de nós. Quem daria só metade dos meses, que seja, por uma relação como a nossa ? Quem daria meia dúzia de meses a duas pessoas completamente opostas, separadas por uns tais 500 km ? Alguém ? Sim, certamente sim, nós. A nossa força bastou para ultrapassar todos esses entraves que se cruzaram no nosso caminho, sempre de mão fechada, sempre sem abdicar daquilo que nos deu trabalho nenhum a construir - o nosso amor. Os sentimentos constroem-se ao longo do tempo, e o meu, por ti continua a construir-se dia após dia, havendo sempre um bocadinho para se acrescentar - talvez não haja limite! talvez um sentimento nunca precise de parar de crescer. Somo guerreiros, sem espada nem escudo, protegendo-nos e combatendo apenas com a força interior de quem é incapaz de aceitar uma derrota. Sei que todos os dias te peço isto, mas luta, luta por mim e comigo e que nunca desistamos, para que um dia nos possamos lembrar da honrada e gloriosa vitória, onde o único prémio foi podermos entrelaçar as nossas mãos, verdadeiramente e para sempre. AMO-TE!

. daqui por uma semana, a contar de amanhã, vamos poder entrelaçar as mãos temporariamente, que chegue rápido !


. p.s: Apesar de ter sido um pouco má ideia, ter ficado com aquela menina ali em baixo, que me morde a toda a hora e me dá cabo do juízo, eu gosto muito dela. (era só para saberem que ela já tem nome, DELLY, apesar do meu pai lhe chamar Shakira --', é Delly) :)