Já não é a primeira vez que te escrevo. Muito provavelmente não será a última. Embora não te mostre, tenho saudades - morro de saudades. Porque é que não te consigo apagar, para sempre - és muito importante, é isso. Tem dias que não me lembro da tua existência - inútil, deveria lembrar, se és assim tão importante. Mas não, e eu já compreendi porquê - o tempo, melhorou a dor da tua ausência, que até me faz esquecer de ti, por momentos. Hoje, não te substituou por ninguém, mas alguém já preencheu o cantinho que tu deixaste por preencher - mas a tua marca, continua cá. Continua, em ferida - que não mais vai sarar. Hoje passei por tua casa. Veio tudo à minha memória - como uma curta metragem. A minha vida contigo passou por mim, veio rasgar ainda mais a minha mágoa - temo muito, não superar. Nada mais sei de ti. À meses que nem uma palavra. Não me procuras. Eu não te procuro. É triste, mas é a realidade. Pensei ser para sempre, mesmo que nunca mo tenhas dito. Realmente agora percebo, até as amizades mais lindas se desmoronam - por coisas banais; inúteis; superficiais; mesquinhas. Odeio esta saudade que me suga por dentro; odeio tudo o que tenha a ver contigo; odeio que sejas importante - mas não te odeio a ti, nunca te odiei - é uma palavra muito repugnante para eu sentir em relação a ti. Se eu voltava atrás ? Talvez - quem sabe. Nunca vou esquecer, em circunstância alguma, os nossos tempos felizes. De melhor amiga, para nada. O teu adeus foi definitivo - e eu aceito isso.
peço desculpa à minha "actual" melhor amiga (que amo!), mas há pessoas que realmente são insubstituíveis; este é um caso.
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